Resiliência do setor imobiliário e circunstâncias econômicas propícias tornam o investimento em imóveis uma opção atrativa e segura. O mercado imobiliário encerrou 2019 com projeções otimistas para 2020. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projetava para este ano um crescimento de 3%. Entretanto, a pandemia causada pelo novo coronavírus abalou a economia mundial, […]
Resiliência do setor imobiliário e circunstâncias econômicas propícias tornam o investimento em imóveis uma opção atrativa e segura.
O mercado imobiliário encerrou 2019 com projeções otimistas para 2020. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projetava para este ano um crescimento de 3%. Entretanto, a pandemia causada pelo novo coronavírus abalou a economia mundial, e o investimento em empreendimentos imobiliários também acabou sendo afetado.
Todavia, setor imobiliário em meio à crise não deve ser tão afetado quanto outros setores. Historicamente, o mercado imobiliário sempre apresentou mais resiliência para enfrentar momentos difíceis. Além disso, medidas econômicas devem acelerar a recuperação desse nicho.
Em meio a tantas especulações e incertezas, é natural os investidores ficarem mais inseguros. Principalmente com cortes históricos na taxa da Selic e suscetíveis quedas na bolsa de valores. Contudo, por se tratar de uma aplicação de longo prazo, investimentos em imóveis são, agora, uma alternativa promissora.
Uma forma de entender melhor a força do setor imobiliário em meio à crise é avaliar que esse setor já enfrentou muitos momentos de incerteza ao longo do tempo. Porém, sempre demonstrou força e rápida recuperação. O que faz do setor imobiliário um investimento seguro mesmo em épocas de crise.
Na década de 1930, a economia global foi abalada pela Grande Depressão. Pouco tempo depois, a Segunda Guerra Mundial e, no final dos anos 1980, a forte recessão que causou a chamada “década perdida”. Em 1990 o Plano Collor causou instabilidade na economia.
Não muito tempo depois, a forte queda da bolsa americana, decorrente dos atentados do 11 de setembro, afetou a economia global. Em 2008, novamente os EUA sofreram forte crise após colapso do sistema financeiro americano. Brasil, a recessão econômica dos anos 2014 a 2016 ainda gera saldo negativo na economia.
O que é consenso entre os especialistas é que, igual as demais crises, a atual também irá passar. Entretanto, as consequências dependerão de como cada setor toma decisões ao longo da fase de instabilidade. Incorporadoras buscaram se capitalizar ao longo de 2020, o que gera saúde financeira, dá flexibilidade para aguentar a crise e agiliza a retomada.
Além disso, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de baixar a taxa básica de juros (Selic) a 2,25% a.a. (menor índice da história) torna o investimento em imóveis uma opção mais atraente e rentável do que outras opções. Dessa forma, com a retomada do mercado, o setor imobiliário que conseguiu fôlego para enfrentar a crise e atraiu investimentos deve retomar o crescimento com maior velocidade.
Em matéria publicada no portal Diário do Comércio, Cássia Ximenes, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), afirmou que “nas incertezas do mercado financeiro, o mercado imobiliário oferece segurança.”
A pandemia acelerou e consolidou diversas tendências comportamentais que já estavam em curso. Tendências que colocam foco nos imóveis. Por exemplo, o trabalho remoto que, mesmo com a normalização das atividades, deve continuar em alta, uma vez que as empresas e profissionais estão percebendo os benefícios do home office.
Da mesma forma, com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais entidades de ficar em casa para evitar a propagação do vírus as pessoas passaram a olhar de outra forma para o próprio lar. Com isso, os imóveis estão sendo mais valorizados e procurados, já que conquistaram um novo patamar na vida dos indivíduos.
Em resumo, a crise causada pelo novo coronavírus afetou e economia mundial e nenhum setor saiu ileso. Entretanto, fatores como estratégias adotadas por grandes players do mercado de móveis, ações do mercado financeiro e mudanças comportamentais embasam uma perspectiva mais otimista para o setor imobiliário.